Há 1 ano

 Já faz um ano que não abro suas fotos

Que não olho nos seus olhos 

Que não sei dos sisos

(escondidos)

Nos 4 cantos do seu sorriso

Mas também faz um ano

Que não deixo de pensar nas suas fotos

Na sua vontade de fotos 

E nos votos que você fez 

Na noite em que a gente terminou

Eu penso em você todos os dias

Um pouco de manhã 

Um pouco mais a noite 

E nos sonhos e pesadelos 

Que às vezes eu tenho 

Com você 

Faz um ano, segui em frente

Me apaixonei! 

Mas meu coração não mente: 

Eu gosto de você 

Agradeço, mas te conheço:

Você não gosta de perder

me and you

 Tu é desenhista

Eu sou escritor

Eu te faço um poema

Porque tu me deixou

Eu fico pensando em você ao por do sol.

Geralmente no fim da tarde e no início da noite:

Você sempre me vem na cabeça a essa hora.

E não é difícil de entender.

Foi nessa hora que tu entrou em mim

Tu fez parte de mim

E eu fiz parte de você.

Naquela tarde de abril, ainda reflito:

fiquei mais no seu abraço

Do que de fato transando contigo…

E isso diz muito 

Mas muito sobre mim.

Mas você nao fala comigo!

Me chama de fofo

Mas não me beija!

Tem tesão em mim?

Mas não me deseja!

Te mando isso não sei porque

Talvez traduza um pouco de tudo

Não sou seu

você não é meu

Nem por todo amor do mundo

Tu é desenhista

Eu sou escritor

Eu te faço um poema

Porque tu me deixou…

E pensando bem:

Eu também me deixaria.

ONCE

Once ago

I heard from some guy

“You’d die for me, babe”

And that 

For some reason

Has never left my mind.

And the weirdest thing is because

I feel more closeted now

When I remember those words.

Even though I can’t remember his face.

That’s been growing within me lately.

Feels like he bite me that day

With venom:

his the bitterness is spreading through 

My no so young body 

Anymore

I feel bitter 

I feel lonely 

I feel old

He was just a teenager 

And I was too.

I would never die for him

(that’s true).

But it feels like I would...

and that is sad

10 mil metros

comecei nadando pouco

alguns 25 e parava

a piscina que era longa ficou curta

e com sua ajuda eu aprendi nadar

resolvemos a vida e nos ajeitamos

e essa amizade aquática fez de nós amigos

como eu 

//sinceramente//

 nunca tinha tido na vida

> entretanto < 

o que faz comigo eu fiz contigo

o egoísmo fez com que eu perdesse um amigo

e acho sinceramente que as coisas nunca retornarão

a ser o que era antes…

e nem que eu nadasse dez mil metros à sua frente,

Alvaro,

eu nunca quis estar tão perto

/Mas/

acho que vou continuar nadando

pra longe de você me afastando

Até que em outro porto eu possa chegar

Fui navio e você cais

Fui caos e você aguentou demais

Até que afundei

e /afundo/

nesse mar desconhecido

Acho que isso é uma despedida

de uma amizade, a partida

de algo que eu

(de coração)

tentei fazer funcionar

são momentos da vida

um término, quem diria…

Eu te amo, amigo.

Vou te deixar amar!

anatomia iv

eu gostaria bem de adiantar um reloginho
pra passar bem uma prova, uma materia
me tirar dessa miseria...

e esse mesmo reloginho atrasaria certas horas
mais cinco minutinhos
segundinhos de carinho
eu atrasaria

a hora passaria
a mare acalmaria
e eu poderia
(mais um vez)
fazer nossa estrofe rimar....

mas o relogio se faz rigido
e aponta meio frigido:
sete dias

pseudo-aprovação

o cheiro de salgadinho
podre
vem da cozinha
e embrulha o meu estômago

é tarde
vejo tarde
o que em fevereiro começou

a novela passa na televisão
e meu pai dorme no sofá
que triste!
tristeza...

o azedume do meu quarto
me diz a verdade
que nenhum telefonema
teve a coragem pra dizer:

silêncio